Imagine um mundo onde a escrita não começou na Mesopotâmia, mas sim, milênios antes, nas vastas planícies dos Bálcãs. Parece ficção científica, não é mesmo? Mas a verdade é que um conjunto de artefatos descobertos na Europa Oriental, conhecidos como O Enigma de Vinča, tem desafiado essa nossa compreensão histórica por décadas.
Esse enigma arqueológico aponta para uma civilização pré-histórica surpreendentemente avançada, capaz de desenvolver um sistema de símbolos complexo muito antes do que se pensava ser possível.
Neste artigo, vamos mergulhar nas profundezas desse mistério, explorando não apenas a surpreendente idade desses símbolos, mas também as implicações que eles têm para a nossa visão da evolução humana e da comunicação. Prepare-se para uma jornada fascinante que pode mudar tudo o que você achava que sabia sobre as origens da escrita.
A cultura de Vinča, que floresceu entre 5700 a.C. e 4500 a.C., é a principal protagonista dessa narrativa. Ela se estendia por uma vasta área, incluindo a atual Sérvia, Romênia, Bulgária e partes da Grécia. Os achados arqueológicos nos locais de Vinča, Tărtăria e Gradeshnitsa, entre outros, revelaram um estilo de vida surpreendentemente sofisticado para o período Neolítico.
Mas o que realmente capturou a atenção do mundo acadêmico foram os pequenos objetos de argila, incluindo estatuetas e tabuletas, adornados com incisões enigmáticas. São esses símbolos, agora coletivamente conhecidos como o código de Vinča, que constituem um dos maiores quebra-cabeças da arqueologia.
Eles são o indício mais forte de que a escrita, ou pelo menos um sistema protoescrito, existia muito antes dos sumérios. A simples existência desses artefatos nos força a reconsiderar a cronologia da história da humanidade e a questionar nossas certezas sobre o progresso civilizacional.
Um dos artefatos mais icônicos é a Tabuleta de Tărtăria, encontrada na Romênia em 1961. Inicialmente, ela foi datada por associação a artefatos da cultura de Tărtăria, mas novas pesquisas e técnicas de datação por radiocarbono sugerem que a idade da tabuleta e de outros artefatos é de aproximadamente 5300 a.C.
Essa data é quase mil anos mais antiga do que as primeiras formas de escrita cuneiforme da Mesopotâmia, que datam de cerca de 3200 a.C. A diferença cronológica é monumental e, por si só, é suficiente para justificar uma reavaliação completa da nossa história. A importância de o código de Vinča não pode ser subestimada.
É um testemunho silencioso de uma civilização que, apesar de não ter deixado registros escritos compreensíveis para nós, evidentemente tinha um sistema de comunicação sofisticado. Essa descoberta nos mostra que a inovação e o desenvolvimento cultural não seguiram um caminho linear, mas sim, ocorreram em diferentes partes do mundo, em tempos e ritmos distintos.
A natureza desses símbolos também levanta uma série de perguntas intrigantes. São eles uma forma de escrita completa, como o alfabeto que usamos hoje? Ou são apenas símbolos rituais, marcas de propriedade, ou um sistema mnemônico? A maioria dos estudiosos hoje inclina-se para a última hipótese.
Eles acreditam que o código de Vinča não era um sistema de linguagem capaz de expressar ideias complexas e abstratas, mas sim um conjunto de sinais utilizados em contextos específicos, provavelmente relacionados a rituais religiosos, marcações de objetos ou até mesmo um sistema rudimentar de contabilidade.
Essa interpretação, no entanto, não diminui a sua importância. Pelo contrário, ela nos fornece uma janela para a mente das pessoas do Neolítico, revelando como elas organizavam suas sociedades e como a comunicação, mesmo que não fosse a escrita fonética que conhecemos, desempenhava um papel central em suas vidas cotidianas. É fascinante pensar em como esses símbolos eram usados para dar sentido ao mundo.
Além disso, o que realmente intriga é a notável consistência e a ampla distribuição dos símbolos. Foram encontrados padrões semelhantes em sítios arqueológicos que estão a centenas de quilômetros de distância. Essa uniformidade sugere que a cultura de Vinča não era fragmentada, mas sim que havia um intercâmbio de ideias e talvez até um comércio organizado.
A padronização de o código de Vinča é uma evidência de uma rede de comunicação e interação social surpreendentemente robusta. Não se trata de inscrições aleatórias; há um sistema, uma lógica interna que, por enquanto, nos escapa.
Essa homogeneidade nos faz questionar sobre a possibilidade de uma língua proto-indo-europeia ou de um sistema simbólico compartilhado que permeava essa vasta região. A existência de um código comum em uma área tão grande é um forte indício de uma coesão cultural que talvez subestimemos.
A importância de o código de Vinča não se restringe apenas à sua antiguidade. Ele nos desafia a repensar a própria definição de escrita. Tradicionalmente, a escrita é vista como um sistema que representa a linguagem falada.
No entanto, os símbolos de Vinča parecem mais próximos de um sistema pictográfico ou ideográfico, onde cada símbolo representa uma ideia ou objeto, e não um som. A transição de símbolos para fonemas foi um passo gigantesco na evolução da comunicação humana, e a cultura de Vinča pode representar uma fase crucial desse processo.
Estudar esse código nos permite entender os passos que levaram à escrita como a conhecemos hoje, oferecendo um vislumbre das primeiras tentativas da humanidade de registrar seu conhecimento e suas experiências. É como olhar para os primeiros rascunhos de uma obra-prima que ainda estava para ser concebida. A idade surpreendente de Vinča nos força a reescrever o livro da história.
O trabalho dos arqueólogos e linguistas para decifrar o código de Vinča é um dos desafios mais empolgantes da nossa era. A falta de uma “pedra de roseta” — um texto bilíngue que nos permitiria comparar os símbolos com uma língua conhecida — torna a tarefa quase impossível.
No entanto, a análise estatística dos padrões, a comparação com outros sistemas de escrita antigos e a contextualização dos achados têm proporcionado algumas pistas.
Maria Gimbutas, uma das principais estudiosas da cultura de Vinča, sugeriu que os símbolos poderiam estar relacionados a uma religião neolítica de adoração à Deusa Mãe, com muitos dos símbolos representando partes do corpo feminino, símbolos de fertilidade ou elementos da natureza.
Essa interpretação, embora fascinante, é apenas uma das muitas teorias existentes. O mistério persiste, e é essa incerteza que torna o código de Vinča tão irresistivelmente intrigante.
Outra linha de pesquisa sugere que os símbolos poderiam ser uma forma de proto-escrita, utilizada para fins de contabilidade ou registro de bens. Os padrões geométricos e as formas repetitivas encontradas em tabuletas de argila poderiam representar números, quantidades de grãos ou cabeças de gado.
Embora pareça uma interpretação mais prosaica, ela é extremamente significativa. Se o código de Vinča fosse, de fato, usado para fins administrativos, isso indicaria um nível de organização social e econômica que normalmente associamos a civilizações posteriores, como a suméria.
Uma sociedade que precisa de registros para gerenciar seus recursos já alcançou um patamar de complexidade social considerável.
Esse tipo de sistema teria sido essencial para a coordenação de projetos maiores, como a construção de assentamentos ou a gestão de recursos agrícolas, mostrando a grande inteligência por trás dos povos que criaram o código de Vinča. É um testemunho de sua capacidade de inovação.
Apesar da ausência de uma tradução definitiva, o estudo desses símbolos continua a nos fornecer informações valiosas sobre o mundo do Neolítico. A pesquisa sobre o código de Vinča não é apenas sobre a escrita em si, mas sobre o contexto em que ela foi criada. Ao analisar a localização dos artefatos em escavações, os arqueólogos podem inferir seu uso e importância.
Por exemplo, a presença de símbolos em objetos rituais, como estatuetas de culto, sugere uma função religiosa ou mágica. Já a presença de símbolos em vasilhames de cerâmica pode indicar a identidade do artesão ou do proprietário.
Cada pequeno fragmento é como uma peça de um enorme quebra-cabeça, e à medida que mais sítios arqueológicos são escavados, mais peças são adicionadas ao tabuleiro, nos ajudando a montar uma imagem mais clara do que realmente foi a cultura de Vinča.
O debate sobre a natureza e a idade de o código de Vinča nos lembra de uma lição importante: o conhecimento humano é dinâmico e está em constante evolução. O que aceitamos hoje como fato pode ser desafiado e reescrito amanhã com novas descobertas.
A história da humanidade não é um livro fechado; é um manuscrito em andamento, e a cada nova página descoberta, somos forçados a ajustar nossa compreensão do passado. A arqueologia é uma ciência de paciência e perseverança, e os enigmas como o código de Vinča são o que impulsionam os pesquisadores a continuar buscando respostas.
Eles nos mantêm humildes diante da vasta e desconhecida história do nosso planeta. A cada nova descoberta, o nosso panorama do passado se expande. A idade surpreendente de Vinča é um desses momentos que nos faz parar e pensar.
Para aqueles que desejam mergulhar mais fundo nesse mistério, a pesquisa sobre a cultura de Vinča e seus símbolos é um campo em constante expansão. Artigos acadêmicos, livros de arqueologia e documentários oferecem diferentes perspectivas sobre a natureza de o código de Vinča.
É importante, no entanto, abordar o tema com um senso crítico, distinguindo entre teorias bem fundamentadas e especulações. A beleza desse mistério reside justamente na sua complexidade e na falta de uma resposta única e definitiva. É uma oportunidade para o leitor e para o entusiasta da história se tornarem detetives, examinando as evidências e formando suas próprias hipóteses.
A jornada de descoberta é tão gratificante quanto a própria resposta. Afinal, a história não se faz apenas de fatos, mas também das perguntas que fazemos. O enigma de Vinča é um grande exemplo disso.
A evidência arqueológica sugere que a civilização de Vinča era incrivelmente avançada para sua época. Eles dominavam a metalurgia, produzindo as primeiras ferramentas de cobre conhecidas na Europa, um avanço tecnológico que antecedeu o uso do cobre no Oriente Próximo. Suas casas eram bem construídas, com múltiplas divisões e até mesmo fogões rudimentares.
Suas cerâmicas eram elaboradas e finamente decoradas, demonstrando um alto nível de habilidade artística. Tudo isso pinta um quadro de uma sociedade complexa, organizada e inovadora, capaz de sustentar um sistema simbólico como o código de Vinča. A evidência de uma cultura tão sofisticada nos Bálcãs, no Neolítico, muda radicalmente a nossa percepção da “pré-história” europeia.
O que antes era visto como um período de tribos primitivas, agora se revela como uma era de grandes desenvolvimentos culturais e tecnológicos. A idade surpreendente do código de Vinča é um dos maiores pilares para essa nova visão.
A Idade Surpreendente e o Enigma da Escrita
A datação por radiocarbono dos artefatos contendo o código de Vinča é, sem dúvida, o ponto mais revolucionário de toda a pesquisa. A maioria dos estudiosos concorda que os símbolos são anteriores aos sistemas de escrita do Oriente Próximo. Isso não significa que a escrita tenha se originado em Vinča e se espalhado para o Oriente Médio.
O mais provável é que diferentes sociedades tenham desenvolvido sistemas de proto-escrita de forma independente, em resposta a necessidades sociais e econômicas semelhantes. A existência de Vinča como um centro de inovação nos mostra que a capacidade de abstração e simbolização não estava restrita a uma única região do mundo.
A história da invenção é mais complexa do que imaginamos. A idade surpreendente de Vinča serve como um lembrete de que o gênio humano pode florescer em qualquer lugar e a qualquer momento.
A interpretação de o código de Vinča continua a ser um campo aberto a novas ideias. Uma das teorias mais recentes é que os símbolos poderiam ser uma forma de notação musical. Embora essa ideia possa parecer extravagante, não é de todo impossível, dada a complexidade e a repetitividade dos símbolos.
A música e o ritual eram intrinsecamente ligados em muitas sociedades antigas, e um sistema para registrar melodias ou ritmos faria sentido no contexto religioso e social da cultura de Vinča. Outra possibilidade é que eles representavam um tipo de sistema genealógico ou de registro de linhagem. A complexidade do sistema sugere que ele era mais do que uma simples marcação de propriedade.
Independentemente de sua verdadeira função, o código de Vinča é um testemunho da sofisticação cognitiva de uma cultura que, por muito tempo, foi subestimada. A busca por decifrar seu significado é uma jornada de humildade e fascínio, e cada nova teoria nos aproxima um pouco mais de entender o enigma. O mistério persiste, mas a cada nova pista, o nosso conhecimento cresce.
Para entender o impacto de o código de Vinča, devemos também considerar o contexto em que ele surgiu. A cultura de Vinča era uma das maiores e mais avançadas da Europa pré-histórica. Suas vilas eram compostas por centenas de casas, com populações que podiam chegar a milhares de pessoas.
Isso sugere uma sociedade complexa, com alguma forma de hierarquia social e especialização do trabalho. Tal sociedade certamente teria a necessidade de um sistema de registro e comunicação mais avançado do que o que se pensava existir. A complexidade social e econômica de Vinča é a base sobre a qual o seu sistema simbólico pode ter surgido.
As tabuletas e as incisões não são apenas artefatos isolados; eles são parte de um sistema cultural e social que se apoiava em uma rica tapeçaria de rituais, comércio e interação. Entender a idade surpreendente do código de Vinča nos ajuda a pintar um retrato mais vívido e preciso do passado.
Um aspecto crucial para a decifração, se ela for possível, seria a descoberta de um número maior de artefatos com esses símbolos. Quanto mais exemplos tivermos, mais fácil será identificar padrões, repetições e variações. Cada nova escavação em sítios da cultura de Vinča é uma oportunidade de encontrar a “chave” que desbloquearia o mistério.
A arqueologia digital e a análise de dados em larga escala estão revolucionando a forma como os pesquisadores estudam esses artefatos, permitindo a comparação de milhares de incisões em diferentes locais e a identificação de conexões que seriam impossíveis de se ver a olho nu.
Essa abordagem tecnológica nos dá uma nova esperança de que o código de Vinča possa finalmente ser compreendido. A ciência e a tecnologia estão nos permitindo voltar no tempo e ver o que nossos antepassados estavam realmente tentando nos dizer através desses símbolos. A idade surpreendente do código de Vinča é um desafio que a tecnologia nos ajuda a enfrentar.
A Importância da Arqueologia e o Contexto Neolítico
A pesquisa sobre a cultura de Vinča e seu sistema simbólico nos ensina sobre a importância da arqueologia como uma disciplina que nos conecta ao nosso passado. É através da escavação cuidadosa e da análise meticulosa que somos capazes de reconstruir a vida de pessoas que viveram há milhares de anos.
Cada fragmento de cerâmica, cada ferramenta de pedra e, em particular, cada artefato com símbolos de o código de Vinča é um elo com o passado. Eles nos permitem ver não apenas como nossos ancestrais viviam, mas também como eles pensavam e se comunicavam. A arqueologia é a nossa janela para um mundo que, de outra forma, seria completamente desconhecido.
O trabalho dos arqueólogos, muitas vezes visto como lento e tedioso, é o que nos permite fazer descobertas monumentais como a de Vinča, que tem o potencial de reescrever a história. A idade surpreendente do código de Vinča é um exemplo perfeito de como uma única descoberta pode ter um impacto global.
O contexto neolítico da Europa Oriental foi um período de grandes transformações. A agricultura se espalhou, as populações cresceram e as sociedades se tornaram mais sedentárias e complexas. A cultura de Vinča, com suas grandes vilas e sua economia baseada na agricultura e na metalurgia, é um dos melhores exemplos dessa transição.
O surgimento de um sistema simbólico como o código de Vinča se encaixa perfeitamente nesse cenário de mudança. À medida que as sociedades se tornavam maiores e mais complexas, a necessidade de comunicação e registro se tornava mais urgente.
O código pode ter sido uma resposta a essa necessidade, uma ferramenta para gerenciar uma sociedade que estava se tornando mais complexa. É um lembrete de que a escrita não surge do nada, mas é um produto de necessidades sociais e tecnológicas.
A idade surpreendente do código de Vinča nos mostra que a evolução social pode ocorrer em diferentes lugares, independentemente do que pensamos sobre a linha do tempo da história.
Apesar de todo o mistério, o código de Vinča oferece algumas pistas sobre as crenças e rituais da cultura que o produziu. Muitos dos símbolos parecem ser representações de animais, plantas e corpos celestes, o que sugere uma profunda conexão com a natureza e o cosmos.
As estatuetas de culto, muitas vezes adornadas com esses símbolos, reforçam a ideia de um sistema religioso bem desenvolvido. Se os símbolos eram usados em rituais, eles provavelmente tinham um significado mágico ou sagrado, servindo como uma forma de invocar poderes ou comunicar-se com o divino.
A ausência de um “texto” que narre uma história ou um evento torna improvável que fosse uma escrita narrativa, mas a riqueza de seu simbolismo indica uma profundidade de pensamento e crença. A idade surpreendente de Vinča não se refere apenas à sua datação, mas também à complexidade de seu sistema de pensamento.
A interpretação dos símbolos também pode ser influenciada por uma análise de sua repetição. Alguns padrões de incisões aparecem repetidamente em diferentes artefatos e em diferentes locais. Essa repetição sugere que eles tinham um significado fixo e eram amplamente compreendidos pela população.
Se o código de Vinča fosse apenas um conjunto de marcas aleatórias, não esperaríamos ver essa consistência. A regularidade e a padronização dos símbolos são a evidência mais forte de que eles formavam um sistema coerente, mesmo que a sua lógica ainda nos escape.
A uniformidade em uma área geográfica tão grande é um testemunho da interconexão da cultura de Vinča, e nos faz pensar sobre como a informação e as ideias viajavam na Europa do Neolítico. O sistema de Vinča, embora silencioso, nos fala sobre a organização e a comunicação de uma sociedade distante. A idade surpreendente de Vinča serve como um testemunho duradouro de uma cultura notável.
O Código de Vinča e a Teoria da Difusão
Para muitos, a descoberta de um sistema de símbolos tão antigo na Europa Oriental desafia a chamada teoria da difusão, que sugere que a inovação cultural, como a escrita e a agricultura, se espalhou do Oriente Próximo para a Europa.
Enquanto essa teoria ainda é válida para muitos aspectos, a existência de o código de Vinča sugere que o desenvolvimento tecnológico e cultural não foi um processo unidirecional. A inovação pode surgir em diferentes centros de forma independente.
A cultura de Vinča pode ter desenvolvido a metalurgia e um sistema simbólico por conta própria, adaptando-se às suas próprias necessidades e ambiente. Isso não diminui a importância de outras civilizações, mas nos mostra que o “berço da civilização” pode ter sido um conceito mais amplo e complexo do que pensávamos.
É uma perspectiva que enriquece a nossa compreensão da história humana e celebra a diversidade do desenvolvimento cultural. A idade surpreendente do código de Vinča nos ajuda a questionar nossas velhas suposições e a abraçar uma visão mais inclusiva do passado.
A pesquisa futura sobre o código de Vinča provavelmente se concentrará em novas tecnologias e metodologias. A datação por radiocarbono de artefatos mais precisos, a análise de composição de argila para determinar a origem dos objetos, e a modelagem 3D dos sítios arqueológicos podem nos fornecer novas informações.
O uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina para analisar os padrões dos símbolos é outra abordagem promissora. Ao treinar algoritmos para identificar regularidades e conexões entre os símbolos, os pesquisadores podem ser capazes de descobrir padrões que seriam invisíveis para o olho humano. A tecnologia pode ser a chave que finalmente desvenda o mistério que perdura há milênios.
O código de Vinča é um desafio perfeito para a arqueologia moderna e suas ferramentas. A busca por decifrar o código é uma jornada que está em constante evolução, assim como a tecnologia que usamos para percorrê-la. A idade surpreendente de Vinča é um dos maiores enigmas para a tecnologia atual.
A descoberta e a pesquisa de o código de Vinča têm implicações para a nossa compreensão do desenvolvimento humano. Elas nos mostram que a capacidade de abstração e de simbolização é uma característica profundamente enraizada na mente humana, e que ela se manifestou de diferentes formas e em diferentes lugares, em momentos que nós ainda estamos descobrindo.
A busca pelo significado dos símbolos de Vinča é uma busca por entender um pouco mais de nós mesmos. É uma exploração das nossas origens, da nossa capacidade de criar significado a partir de formas e linhas. A idade surpreendente do código de Vinča é um testemunho da genialidade humana e da nossa incessante necessidade de comunicar e registrar o mundo ao nosso redor.
É um legado de uma civilização que, apesar de não ter deixado textos, deixou um enigma que continua a nos fascinar. A cada passo, ficamos mais perto de entender. E, finalmente, o legado de o código de Vinča é um lembrete do poder da curiosidade humana.
A Herança Cultural e o Legado de Vinča
Embora o código de Vinča não tenha sido decifrado, seu legado cultural é imenso. A cultura de Vinča não se resumiu apenas aos seus símbolos; eles eram metalúrgicos talentosos, construtores inovadores e artistas talentosos.
A herança de Vinča se manifesta na nossa compreensão da Europa pré-histórica, mostrando que a complexidade e a sofisticação existiam muito antes do que se pensava. A sua cerâmica, com as suas formas elegantes e decorações intrincadas, é uma prova de uma rica vida cultural e estética.
As suas estatuetas, com seus olhos grandes e expressões enigmáticas, sugerem uma profunda espiritualidade e uma visão de mundo complexa. O código de Vinča é apenas um dos muitos tesouros que esta cultura nos deixou, e é talvez o mais intrigante.
A história de Vinča nos ensina que a civilização é um processo de longa duração, com muitos picos e vales, e que cada cultura, por mais antiga que seja, tem algo a nos ensinar sobre o que significa ser humano. O mistério persiste, mas a cada nova descoberta, o nosso conhecimento cresce.
O mistério de o código de Vinča continuará a fascinar arqueólogos, historiadores e entusiastas da história por muitas gerações. A falta de respostas definitivas é, paradoxalmente, o que torna o tema tão envolvente.
Ele nos convida a pensar, a teorizar e a imaginar um mundo que era muito diferente do nosso, mas que era, em essência, habitado por pessoas com as mesmas necessidades e impulsos que nós. A necessidade de comunicar, de registrar, de dar sentido ao mundo é uma característica humana fundamental.
O código de Vinča é a prova mais antiga de que essa necessidade existia na Europa, muito antes de qualquer outra evidência conhecida. É um lembrete de que a história é um campo vasto e inexplorado, com muitos mistérios ainda à espera de serem descobertos.
A cada nova escavação, a cada nova técnica de análise, nos aproximamos de uma compreensão mais completa de nosso passado. E a idade surpreendente do código de Vinča é uma dessas descobertas que marcam uma nova era na arqueologia.
Em última análise, a história de o código de Vinča nos lembra da importância de questionar nossas certezas e de manter uma mente aberta. A nossa visão da história é frequentemente baseada em narrativas simplificadas que se concentram em um único “berço da civilização”.
No entanto, o registro arqueológico é muito mais rico e complexo, com inovações surgindo em diferentes lugares e em diferentes momentos. O código de Vinča é um dos melhores exemplos dessa complexidade, um lembrete de que a história é um processo multifacetado e que a genialidade humana não se restringe a uma única região ou a um único povo.
Ele nos convida a expandir nossos horizontes e a reconsiderar a forma como pensamos sobre a evolução da sociedade e da cultura. O mistério de Vinča é um convite para a exploração, para a reflexão e para a descoberta.
Gostou do conteúdo sobre o código de Vinča? Deixe sua opinião, perguntas e teorias nos comentários. Sua contribuição é fundamental para enriquecer a discussão. Que outros enigmas históricos você gostaria de ver desvendados?
FAQ – Perguntas Frequentes sobre o Código de Vinča
- O que é o código de Vinča?O código de Vinča é um conjunto de símbolos enigmáticos encontrados em artefatos da cultura de Vinča, que floresceu na Europa Oriental no Neolítico. Esses símbolos são considerados um dos exemplos mais antigos de proto-escrita ou de um sistema simbólico na história da humanidade, antecedendo a escrita cuneiforme da Mesopotâmia.
- Qual é a idade surpreendente de Vinča?Os artefatos com o código de Vinča foram datados por radiocarbono para cerca de 5300 a.C., tornando-os quase mil anos mais antigos do que as primeiras formas de escrita conhecidas na Mesopotâmia, que datam de aproximadamente 3200 a.C. Essa idade desafia a cronologia tradicional da história da escrita.
- O código de Vinča foi decifrado?Não. O código de Vinča ainda não foi decifrado. A falta de uma “pedra de roseta” e a natureza dos símbolos dificultam a interpretação. Os estudiosos divergem sobre sua função, se era um sistema de escrita completo, um sistema mnemônico, símbolos rituais ou de contabilidade.
- Onde os artefatos do código de Vinča foram encontrados?Os artefatos foram encontrados em sítios arqueológicos da cultura de Vinča em uma vasta área da Europa Oriental, incluindo a Sérvia, Romênia e Bulgária. O sítio de Tărtăria, na Romênia, é um dos mais famosos por ter produzido a icônica “Tabuleta de Tărtăria”.
- Qual é a importância do código de Vinča?A importância do código de Vinča reside em sua idade e em seu potencial para reescrever a história da escrita. Ele sugere que a capacidade de criar e usar sistemas simbólicos era mais difundida no Neolítico do que se pensava e que a inovação cultural não se restringiu a uma única região do mundo. É um testemunho da sofisticação da cultura de Vinča.